06 janeiro 2010

Perdendo a cabeça


Cefas Carvalho

Amava revoltas, revoluções, turbas e tumultos. Barulho e agitação o faziam perder a cabeça. Violento, sangue quente; perdia a cabeça com freqüência, agrediu os irmãos, e a família o mandou para a Capital, onde fez amizade com os revolucionários. Gritava nas tabernas e nas ruas parisienses, tanto o vinho como a política o faziam perder a cabeça. Decidiu fazer a revolução e depor a família real. Conseguiu. Contudo, escolheu o lado errado. Traiu amigos. Foi condenado. Olhando a multidão aos gritos à sua frente, ouviu o barulho do metal e a guilhotina se aproximando do seu pescoço. Perdeu a cabeça pela última vez.

6 comentários:

Cláudia Magalhães disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cláudia Magalhães disse...

Nossa, muito legal, amor meu! Você sempre me surpreende. Te admiro e te amo muitão!

Beijos, amor.

Moacy Cirne disse...

Curto e preciso.
Preciso e surpreendente.
Como, aliás, afirma
a sua musa.

Um abraço.

Moacy Cirne disse...

Perdendo a cabeça.
No Balaio.
Hoje.

Um novo abraço.

Rougebatom disse...

Legal teu blogue. Dá muito o que pensar e curtit.
Bjs

Iara Maria Carvalho disse...

esse final me arrebatou!

adorei!

beijão!