19 dezembro 2012

Poema diluviano



Cefas Carvalho

Desejo meu
corpo violentado
pela tempestade

Mutilado por temporais
chuvas torrenciais...

Quero minh´alma
Afogada
Pelo dilúvio de Noé

(embriagada de

vinho tinto)


Misturada com azeite
Manjericão, orégano...

Quero que a tormenta
Afogue-me, me jogue
Aos leões pela manhã

Ser devorado com mel
Com ameixas, hortelã...



Imagem: Cezanne