07 julho 2008

Chuva


Cefas Carvalho


Nove e quinze da noite
Uma canção de Cartola inunda a sala
Uma chuva rala cai lá fora
Cubos de gelo dançam em transe
Em um copo sempre cheio.

O copo não se esvazia
O coração, sim.

Onze e quinze da noite
De uma noite que não terá fim
Um vazio que transborda o mundo...
Cubos de gelo bailam em delírio
Em um copo sempre presente

Enfim, o copo se esvazia.
O coração também.

3 comentários:

vagabunda poesia disse...

"Um vazio que transborda o mundo"... adoro essa brincadeira,
brincar com palavras, sentindo o peso de cada som, lendo, relendo até ficar relativamente pronto.....
pois o poema-pronto ainda está em processo, pois na mente do leitor ele toma várias cores, vários sabores.......

Iara Maria Carvalho disse...

lindo lindo.
gosto de te ver em versos.

beijos do Seridó!

Iara

Cláudia Magalhães disse...

Belo, belo e belo, amor meu!
Agora, que tal:
Uma canção de Cartola... Uma chuva rala... Um copo sempre cheio... Nós dois e o nosso lindo amor que transborda o mundo? kkkkkk
Te amo, meu Cefinhas talentoso!