05 julho 2010

Quase-amor


Cefas Carvalho

Falas de desejo
Como quem arde, carboniza...
Como a louca sacerdotisa
Do culto ao Quase-amor...

Falas de paixão
Como quem se imola na fogueira...
Como a febril feiticeira
Do templo ao amor partido...

Falas de loucura
Como quem derrama vinho em vão...
Como a vestal do amor pagão
Da seita do amor proibido...

Falas de poesia
Como Cecília, como Florbela...
Como a desvairada sentinela
Da catedral do Quase-amor...

6 comentários:

Rô Moreira disse...

Linda poesia!

Beth Amorim disse...

Também adorei...

Muito!

Marilena R. disse...

gostei !

Cefas Carvalho disse...

Valeu a visita a as palavras gentis, Rô e Beth. Ah, e como me alguns perguntaram por e-mail, responderei aqui em público: a foto que ilustra o post é do francês Man Ray, um dos ícones da fotografia surrealista do início do século 20. Vale a peça procurar no "São Google" a produção do artista.

Marilena R. disse...

Não me pergunte como, simplesmente vim cá parar e adorei !
Muito obrigada :)

Aguardo suas visitas *

Rô Moreira disse...

tbm aguardo sua visita abençoado srsr